A indústria 4.0 é um tema recorrente no nosso blog e estamos sempre trazendo informações de como a tecnologia pode revolucionar vários setores da sua indústria, ajudando você a produzir mais e melhor, com resultados nunca antes imaginados.
Porém, para que toda essa estrutura funcione adequadamente é muito importante que você pense na tecnologia de conexão – afinal essa é a base que dará suporte ao funcionamento de todos os equipamentos, sensores, atuadores e outros itens da sua indústria.
Sem cabos de conexão e outros itens realmente eficientes e projetados para a sua demanda, dificilmente você conseguirá ter resultados expressivos na sua produção, levando a problemas de segurança, como panes elétricas e curtos-circuitos, dificuldade de alimentação dos seus equipamentos e até lentidão nos seus processos.
Quer saber mais sobre esse assunto e descobrir como melhorar a conectividade na sua indústria? Confira as informações importantes que trouxemos.
Tecnologia de conexão: qual o cabo ideal para a minha aplicação?
Quando falamos em tecnologia de conexão, uma das primeiras variáveis que vem a mente de muitas pessoas são os cabos. Enquanto no uso doméstico, escolher os cabos mais adequados não é uma tarefa muito difícil, no mundo industrial esse momento pode ser um verdadeiro dilema, ainda mais quando falamos em automação industrial.
As possibilidades são inúmeras e cada tecnologia possui uma indicação mais ou menos adequada. Veja algumas dicas essenciais.
PVC
O cabo PVC é muito usado em indústrias não tão agressivas em relação às suas aplicações, como nos setores de embalagem, alimentos e bebidas, linhas de produção e linhas de montagem. Esse é um tipo de cabo simples, mas com aplicações bastante complexas e que podem atender uma gama de requisitos dependendo da necessidade da sua indústria.
Estes cabos possuem algumas características, como: retardador de chamas, resistente a produtos químicos, resistente a agentes de limpeza, temperaturas entre – 5ºC e + 80ºC, certificados UL/CSA e conformidade com a NFPA 79/2012.
PUR/PVC
Estes são cabos um pouco mais resistentes que o anterior, mas não são indicados para ambientes com uso de agentes de limpeza, contudo possuem outras características que permitem seu uso em ambientes industriais um pouco mais agressivos. Eles são recomendados para: máquinas de tratamento, máquinas de embalagem, linhas de produção e linhas de montagem.
Suas características são: retardador de chamas, resistente a produtos químicos, resistente a óleos e lubrificantes, adequado para uso em esteiras e temperaturas variadas (-5ºC a +80ºC).
PUR
Este cabo é mais resistente que os anteriores, podendo ser usado em situações agressivas, porém ele também não é resistente a agentes de limpeza. Sua principal vantagem é a possibilidade de uso em aplicações em robôs, embora ele não seja tão resistente a soldas. Geralmente, são usados em: mesas giratórias, máquinas ferramentas e cortes de metal.
Algumas das suas características são: retardador de chamas, resistente a produtos químicos, resistente a óleos e lubrificantes, adequado para uso em esteiras, adequado para aplicações robóticas, resistente a raios UVs, livres de halogênio, temperaturas variadas (-25ºC a +80ºC), certificados UL/CSA e em conformidade com a NFPA 79 2012.
PUR com resistência a soldas e faíscas
Este tipo de cabo é indicado para ambientes com muita agressividade industrial, como nas máquinas que necessitam de cabos próximos às zonas de trabalho, impedindo que qualquer cabo seja escolhido, porque pode colocar em risco o funcionamento do equipamento e a segurança das pessoas. Esse tipo de cabo é indicado para: indústria robótica, máquinas ferramentas, esteiras de alto desempenho e cortes de metal.
Algumas de suas características são: resistência a soldas e faíscas, retardador de chamas, resistente a produtos químicos, resistente a óleos e lubrificantes, adequado para usos em esteiras, adequado para aplicações robóticas, resistente aos raios UVs, livre de halogênio, temperaturas variadas (-25ºC a +90ºC) e certificados UL/CSA.
Tecnologia de conexão: dicas essenciais sobre conectores
Além de pensar nos cabos, é muito importante que você também considere os tipos de conectores que irá usar. Nesse momento, pode ser comum você acabar se deparando com conectores antecedidos por letras – uma codificação importante para especificar o conector mais adequado a sua aplicação.
Esses padrões são usados para separar os conectores de acordo com a sua aplicação, evitando erros durante a instalação. Dentro da área industrial, é possível que esses padrões sejam chamados de “mata-burros”.
Saiba mais sobre essas codificações:
- A-Coded de 5 pólos: é o padrão mais usado na indústria e aplicado em atuadores e sensores, analógicos ou digitais e também na área de redes industriais, como IO-Link, DeviceNet e CANopen.
- A-Coded de 8 pólos: usado em sensores mais complexos e são conectores que possuem mais parâmetros e sinais de retorno do que os modelos convencionais, como as torres de sinalização ou os sensores ultrassônicos, por exemplo.
- A-Coded de 12 pólos: também é usado em aplicações com sensores mais complexos, como é o caso dos scanners de códigos de barras e determinados dispositivos de segurança;
- A-Coded de 6 pólos: padrão dedicado de rede de comunicação com expansões conhecidas como Rede Cube, no sistema Cube67.
- B-Coded de 2 pólos: modelo usado em aplicações para rede Profibus DP e em modelos de comunicação RS-232 em IP67;
- B-Coded de 5 pólos: conector usado em aplicações Profibus PA e Interbus.
- C-Coded de 3 pólos: muito usado em sistemas de alimentação IP67, como as fontes.
- D-Coded de 4 pólos: usados em redes industriais baseadas em Ethernet IP,ProfiNet IO e EtherCat.
- X-Coded de 8 pólos: conector pensado para aplicações de 1Gbit/s e 10 Gbit/s (versão Gigabit do padrão EtherNet).
- Y-Coded de 8 pólos: usado em aplicações em Power Over Ethernet (PoE), com alimentação e rede no mesmo cabo.
O que considerar na hora de escolher os cabos e conectores?
Apesar de todas essas informações, ainda existem algumas dicas essenciais que você deve considerar antes de comprar cabos e conectores avulsos, como:
- armazenamento: rolos de 100 ou de 500 metros ocupam bastante espaço físico dentro de uma indústria e é preciso considerar a sua capacidade nesse sentido, o que pode impactar a sua decisão;
- tempo de montagem: aplicações nas quais serão usados muitos cabos com conectores tipo M12, M8, 7/8, entre outros é preciso pensar no tempo de montagem. Um único conector de válvula, por exemplo, pode demorar 5 minutos e 47 segundos na montagem, enquanto os conectores de 4 pólos podem ser mais rápidos;
- possibilidade de erros: excesso de conectores para serem montados manualmente aumentam as chances de erros, por isso repense algumas das suas opções;
- custo: o valor final gasto para a montagem dos conectores muitas vezes é maior do que a compra de cabos injetados, por exemplo, por isso considere o valor do metro do cabo e também o valor de 1 ou 2 conectores, dependendo da instalação da máquina.
Neste sentido, optar pelos cabos injetados pode ser uma escolha mais sábia, já que são mais simples e confiáveis, são 100% testados de fábrica, possuem tipos para várias aplicações (tanto aplicações padrões, como em produtos dedicados), possibilidade de padronização, maior robustez e oferecem mais economia.
E, então, com essas dicas, ficou mais fácil optar pela melhor tecnologia de conexão? Quer saber mais sobre os produtos exclusivos da Balluff? Entre em contato agora mesmo!